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O QUE SÃO INSTITUTOS SECULARES?

INSTITUTOS SECULARES

CONSAGRAÇÃO SECULAR – SECULARIDADE CONSAGRADA

 

Por que a paixão pelo mundo?

Porque esta é a paixão de Deus!

 

Os Institutos Seculares constituem-se de grupos de homens e/ou mulheres que se encontraram com Jesus Cristo e se apaixonaram por Ele. Querem viver e atualizar o mistério da vida e Ressurreição de Jesus. São chamados a uma plena e completa consagração a Deus vivida em pleno mundo, a partir de dentro do mundo e com os meios do mundo, como Jesus, em seus trinta primeiros anos, na família de Nazaré. 

Sua consagração os impele a serem radicalmente fiéis ao Evangelho até as últimas conseqüências. Estar no mundo, como fermento e sal, com presença discreta, mas ativa e transformadora das pessoas e da realidade, constitui sua estratégia específica e privilegiada de evangelização.

 

A opção pela secularidade consagrada é fruto de resposta a um chamado divino, para contribuir para que o mundo venha a ser aquilo que Deus quer. É amar o mundo no lugar onde Deus os coloca, para transfigurá-lo a partir de dentro, com o testemunho de vida. É Evangelização a partir da presença nos meios familiares, sócio-políticos, culturais e profissionais, de acordo com a vocação pessoal, discernida à luz do evangelho e realidade em que vive. 

Os Institutos Seculares se fundamentam nos documentos do Magistério do Papa Pio XII: a Constituição Apostólica “Provida Mater Ecclesia” (1947), O Motu Próprio Primo Feliciter (1948) e a Instrução Cum Sanctíssimus (1948). Mais recentemente, em vários discursos dos Papas Paulo VI, João Paulo II  e Bento XVI, no Decreto Perfectae Caritatis(nº 11) no Código de Direito Canônico (cânones 710-739) e na Exortação Apostólica Vita Consecrata (nº10).

 

SECULARES CONSAGRADOS

 

A vocação dos Institutos Seculares é especial consagração vivida de maneira secular e vida plenamente secular, vivida de maneira consagrada. Os membros dos Institutos Seculares encontram no exercício profissional,  o meio de sobrevivência e o espaço de missão e de testemunho do Reino: consagram a secularidade! Vivem os conselhos evangélicos a partir de dentro do mundo: a consagração é secular! O Papa Paulo VI (26/09/70),  assim os define: “Pertenceis à Igreja a título especial, o vosso título de seculares consagrados”.

 

O fato de a maioria dos Institutos Seculares não terem obras próprias faz esta vocação aberta ao pluralismo no campo profissional. A pessoa escolhe livremente sua profissão, de acordo com suas habilidades, o discernimento e os desafios do carisma.

Os membros dos Institutos residem com suas famílias, sozinhos ou em pequenos grupos de pessoas que partilham ou não a mesma vocação.

 

FORMAÇÃO E ACOMPANHAMENTO

 

A formação nos Institutos Seculares acontece com a pessoa, convivendo em seu ambiente familiar, profissional e social, tendo encontros periódicos com seus(as) formadores(as), além de encontros mensais e retiros do Instituto.

Sua missão, em meio ao mundo exige maturidade humana e evangélica, para ser testemunhas de Jesus Cristo e seu amor pela humanidade. Exige também o cultivo de intensa vida de oração litúrgica e pessoal, que deve desembocar na experiência pessoal de convivência íntima, com Aquele a quem escolhe como Único Amor e sentido absoluto de sua vida.

 

UNIDADE COM A IGREJA

 

Os(as) consagrados(as) seculares guardam discrição, e em alguns casos, sigilo sobre sua vocação, mas devem ter acompanhamento espiritual e levar ao conhecimento do Bispo a presença do Instituto na Diocese. Sua consagração os(as) compromete com a Igreja e os(as) faz sempre interessados(as) e dispostos(as) a conhecer, acolher e viver suas diretrizes e projetos de evangelização. Fazem isto como filhos(as) que se colocam a serviço da Mãe(=Igreja), sempre que puderem, de acordo com suas condições e necessidades de atuação. Normalmente, o Instituto não governa a ação de seus membros e cada qual assume sua missão em caráter pessoal na Igreja.

 

CONSAGRAÇÃO

 

A consagração se expressa pela profissão dos conselhos evangélicos e é conseqüência da radical opção pelo seguimento a Jesus Cristo, que durante sua vida terrena teve Deus como único amor (=castidade), Deus foi seu único bem (=pobreza) e o fiel cumprimento da vontade do Pai foi sua única vontade (=obediência).

 

CASTIDADE CONSAGRADA

 

O dom da castidade consagrada é opção exclusiva por Deus. É o Amor que se sacrifica e dá a vida, liberando o coração humano para o amor universal, no anseio de configurar-se ao amor de Deus. Este dom se concretiza na disponibilidade para amar e ir ao encontro das pessoas, especialmente dos deserdados do amor, vitimados pelo abandono, pela pobreza ou outras vicissitudes da vida.

 

POBREZA EVANGÉLICA

 

 

O dom da pobreza é fascínio pelo estilo de vida que Jesus viveu. Purifica o olhar para discernir o que é definitivo do que é transitório e conduz a escolher o que é definitivo. Compromete a pessoa ao uso definido e limitado dos bens e, na consagração secular, inclui o exercício de trabalho civil. É o Amor que se doa e se compromete a repartir tudo o que possui, sejam dons e talentos, seja o que adquire com o fruto do seu trabalho, indo ao encontro dos mais necessitados, em rostos concretos que encontra em sua vida.

 

OBEDIÊNCIA

 

O dom da obediência conduz a contemplar, aprender e seguir a obediência de Jesus, que fez em tudo a vontade do Pai. É o Amor que se entrega sem reservas e descobre a vontade do Pai, manifestada na Igreja, na Norma de Vida e nos irmãos/irmãs do Instituto, nos fatos da vida concreta e no cumprimento dos deveres profissionais e civis. É a confirmação do “Sim!” a Deus, no cotidiano da vida.

 

Conforme o Papa Pio XII em seu Motu Prório “Primo Feliciter”, toda a vida dos membros dos Institutos Seculares deve ser convertida em apostolado, “que deve ser exercido, constante e santamente, por uma tal pureza de intenção, por uma tal intimidade com Deus, por um tal generoso esquecimento e abnegação de si próprio, por um tal amor das almas, que seja capaz de revelar o espírito interior que o anima e na mesma proporção o alimente e renove sem cessar”. Este apostolado “deve exercer-se fielmente não somente no mundo, mas de alguma sorte, a partir do mundo e, por conseqüência, por profissões e atividades, formas, lugares e circunstâncias correspondentes a essa condição secular”. 

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